quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A CIVILIZAÇÃO FENÍCIA.

A CIVILIZAÇÃO FENÍCIA.

A Fenícia era uma estreita faixa de terra localizada entre o Mar Mediterrâneo e as montanhas do Líbano. Seu território correspondia ao atual Líbano e a parte da Síria.
Atualmente o Líbano limita-se a oeste com o Mar Mediterrâneo, ao norte e a leste com a Síria e ao sul com Israel.
Em toda a história da Fenícia predominaram as Cidades-Estados, originadas de aldeias de pescadores. Cada cidade era um verdadeiro Estado independente, com seu Deus principal, suas leis e administração próprias. As principais cidades foram Biblos, Sídon e Tiro.
A forma de governo – monarquia ou república – variava de uma cidade para outra, mas em geral elas eram governadas pelos Sufetas.
Os Sufetas eram juízes, membros de um Conselho de Anciãos formado principalmente por ricos comerciantes e donos de navios, que, juntamente com os sacerdotes e os aristocratas, constituíam as classes sociais dominantes e privilegiadas, que se apropriavam de parte do excedente produzido pelos camponeses.
As classes dominadas eram compostas por camponeses, artesãos, pescadores, marinheiros e escravos que, durante alguns dias do ano, eram obrigados a prestar serviços gratuitos para o governo.
Depois de uma fase de apogeu, entre os séculos XII e VIII a.C., a Fenícia foi conquistada pelos assírios e babilônios, e no século IV a.C. pelos exércitos macedônicos comandados pelo imperador Alexandre Magno.
No decorrer de vários séculos a região foi conquistada por romanos, árabes, cruzados, turcos otomanos e outros. Depois da Primeira Guerra Mundial (1914-1818), foi ocupada militarmente por tropas francesas e inglesas.
Em 1920 foi criado, sob tutela da França, o Estado do Grande Líbano. Contudo o governo francês continuou com mandado sobre esse Estado até a década de 1940. Finalmente, pressionada por uma revolução popular nacionalista libanesa, a França foi forçada a reconhecer a independência definitiva do Líbano em 1945, embora tropas francesas permaneceram no país até 1947.
Hoje o Líbano é palco de uma sangrenta guerra civil por disputas político-religiosas entre grupos rivais. O conflito interno se agravou a partir das intervenções militares estrangeiras, notadamente da Síria e de Israel.
Antigos pescadores acostumados ao mar, os fenícios desenvolveram e tiveram no comércio marítimo sua principal atividade econômica. Suas rotas comerciais marítimas se estenderam por todo o Mar Mediterrâneo e parte de Atlântico.
Os fenícios exportavam vinho, azeite, madeira, jóias, tecidos, vidros, armas, e importavam prata, ouro, ferro, estanho, lã, marfim.
Na região do Mediterrâneo fundaram várias colônias, das quais destacamos Cádiz, na Espanha, e Cartago, no norte da África.
Como a maioria dos povos do Oriente Antigo, os fenícios eram politeístas, praticavam a magia e celebravam o culto em homenagem aos mortos.
Cada cidade fenícia tinha Deuses próprios, e entre eles um era o Deus principal. Melcarte era o Deus de Tiro; Echmun, o Deus de Sídon, assim por diante. Havia ainda divindades adoradas por todos os fenícios, como Astartéia, a deusa da fecundidade, que eles identificavam como sendo a Lua.
A realização cultural mais importante dos fenícios foi o Alfabeto composto de 22 consoantes, com as quais escreviam qualquer palavra. O alfabeto fenício serviu de base para a elaboração dos alfabetos latinos, aramaico e russo, e influenciou na formação do alfabeto grego. Os gregos, ao adotarem-no, acrescentaram-lhe as vogais.

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