quarta-feira, 28 de outubro de 2009

ÁFRICA ANTIGA.

ÁFRICA ANTIGA.

Há estudos historiográficos sobre pelo menos duas “Áfricas” bastante distintas. Uma é a da região do Egito, local de surgimento de uma das primeiras sociedades complexas da humanidade. A outra é a que costumamos chamar de subsaariana, ou seja, aquela que se desenvolveu ao sul do deserto do Saara.
As fontes para o estudo da História dos povos da África subsaariana, porém, são poucas. As tradições, até muito pouco tempo atrás, eram transmitidas de forma oral, não existindo muitos textos escritos. As fontes encontradas por historiadores e arqueólogos são principalmente objetos feitos de pedra ou metal.
Na História da África Antiga algumas sociedades acabaram se tornando mais conhecidas em virtude de sua longevidade ou importância política e econômica dentro do continente e também por suas relações com persas, gregos e romanos.
Entre 3600 a.C. e 1700 a.C., a região da Núbia, onde hoje se localizam o Sudão e a Eritréia, esteve sob domínio e colonização do Egito. Por volta de 1700 a.C., os Núbios já haviam conquistado sua independência e eram, além dos egípcios, a única sociedade a ter um Estado forte na África, o Império Kush, com um pequeno grupo de letrados e população predominante urbana.
Já o povo Cartaginês constituiu um império sólido na região, sobretudo durante o século V a.C., período em que alcançou sua máxima extensão:seus domínios estendiam-se desde o atual Marrocos, no oeste, até o golfo de Sidra, na atual Líbia, a leste. Suas possessões incluíam ilhas no mar Mediterrâneo e algumas terras no oeste da Sicília, divididas com cidades gregas.
Entre os séculos V a.C. e IV a.C., um grupo de habitantes da península Arábica, fugindo do deserto, se estabeleceu na região africana onde hoje se localizam a Eritréia e o norte da Etiópia, na costa do mar Vermelho. Ali, fundaram a cidade de Adúlis e, recebendo influências dos povos locais, expandiram seu território e fundaram a cidade, e depois, o Império de Axum.
Por ser um continente muito extenso, diversas religiões manifestaram-se na África, ao longo da História. Nas partes mais próximas à Europa e à Ásia, foi significativa a influência do Judaísmo. Mais tarde, o Cristianismo e o Islamismo se fizeram presentes na África de forma intensa. Na África Ocidental, junto à costa do Atlântico, assim como na África Meridional, outras religiões e crenças se desenvolveram ao longo dos anos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A CIVILIZAÇÃO JAPONESA.

A CIVILIZAÇÃO JAPONESA.

Em japonês, Nippon (Japão) quer dizer “País do Sol Nascente”. Segundo a lenda, o Império Japonês teria sido fundado em 660 a.C., por Jimmu, descendentes da Deusa solar Amaterasu.
O que se sabe ao certo, porém, é que os ancestrais dos japoneses eram oriundos do continente asiático e que chegaram às ilhas do Japão antes do nascimento de Cristo. Esses povos viviam em tribos, sabiam tecer pano, fundir ferro e plantar arroz em campos irrigados. Mas no terceiro século depois de Cristo, esses mesmos habitantes, que eram um povo pacífico, foram dominados por um grupo de guerreiros. Estes, por sua vez, foram divididos em clãs e passaram a constituir a elite de uma sociedade aristocrática.
Alguns clãs sobrepujaram os demais. Um deles era o clã que dominava a principal ilha do Japão e que se considerava descendente da Deusa Sol. Uma das primeiras medidas do clã foi elevar seu líder ao papel de sumo sacerdote hereditário do reino e, mais tarde, ao de imperador.
Mas não demorou muito para que outros clãs começassem a usurpar o poder do imperador. O clã dos Soga, por exemplo, tornou-se hegemônico na corte por meio de casamentos com o clã imperial. Assim, o imperador, apesar de ser considerado descendente em linha direta da Deusa Sol, não detinha o poder. Dessa forma, era mais um símbolo religioso do que um chefe político. Quem realmente mandava eram os Uji, que governaram até o século XI, quando senhores de províncias, à frente de verdadeiros exércitos, desafiaram a autoridade do Estado.
Com o correr dos anos, esses senhores com seus exércitos valentes dispuseram-se em dois campos de batalha: de um lado o clã dos Taira e de outro o dos Minamoto. Surgem, então, nessa época no Japão, os Samurais.
Samurai significa aquele que serve. É um soldado que se coloca à disposição de um chefe, servindo-o com o mais alto grau de lealdade. Orgulhoso do seu posto, o samurai assume a responsabilidade honrosa de carregar as duas espadas, armas supremas da guerra, também veneradas como objetos sagrados. Além das armas, o samurai precisava ter um conjunto de qualidades morais: veneração pelos ancestrais, obediência ao chefe, vida correta, bravura, respeito pelo adversário e noção do que é senso de honra. Fora isso, o samurai devia considerar a morte como o coroamento de sua existência. Assim, vencido no campo de batalha, o samurai preferia matar-se a ser feito prisioneiro.
Foi com o apoio dos samurais que os Minamoto triunfaram sobre seus rivais, os Taira. Yoritomo, o comandante-chefe dos samurais, fundou um governo militar e se fez proclamar Shogun (generalíssimo) pelo imperador, em 1192. Durante sete séculos, a classe dos guerreiros, conduzida pelos shoguns, fez reinar sua lei sobre o Japão.

sábado, 17 de outubro de 2009

A CIVILIZAÇÃO CHINESA.

A CIVILIZAÇÃO CHINESA.

A presença de hominídeos na região da China é muito antiga. Mas pouco se sabe sobre esse tempo. Informações mais precisas surgiram apenas após o século XVIII a.C.
Nessa época, as comunidades que viviam onde hoje é a China dominavam a fundição do bronze e de ligas metálicas. Essas comunidades, que com o tempo se tornaram principados, estavam organizadas em torno de cidades-palácios, nas quais havia grande divisão social: num extremo, camponeses, que produziam gêneros de subsistência; no outro, que viviam em vilas muradas, os centros militares, comerciais e religiosos.
O rei, considerado Filho do Céu, desempenhava sobretudo a função de chefe religioso e incumbia-se das tarefas administrativas. Aos nobres cabia defender o território contra invasões estrangeiras.
A partir do século VIII a.C., o rei foi se enfraquecendo política e militarmente, enquanto os nobres iam se fortalecendo à medida que se tornavam mais independentes. Entre os séculos V a.C. e III a.C. surgiram inúmeros conflitos entre os principados.
Em 221 a.C., Qin Shi Huangdi conseguiu um feito inédito: unificou os principados, fundando o Primeiro Império. Adotou então o título Augusto Imperador de Qin.
Durante seu governo (221 a.C. – 210 a.C.), Qin impôs medidas comuns a todos os principados. A China expandiu suas fronteiras, ultrapassando os limites do vale do rio Amarelo (Huang-ho). O Império Chinês passou a abranger desde a Manchúria até o norte do atual Vietnã.
Qin comandou a construção da Grande Muralha. Parte dela existe ainda hoje. Além disso, implantou um sistema único de escrita e um sistema de pesos e medidas, mandou construir estradas e canais e drenar zonas pantanosas, e ordenou a exploração de florestas.
O Imperador iniciou também uma dura política de repressão contra os opositores. Em 213 a.C., mandou queimar livros e condenou à morte muitos intelectuais. A rígida política imposta por Qin provocou revoltas populares e, após sua morte (210 a.C.), o Primeiro Império desagregou-se rapidamente.
A dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C.) procurou dar continuidade à política de Qin e manter sua estrutura administrativa. Para defender-se dos invasores, prolongou a Grande Muralha. Em termos administrativos, recrutou para trabalhar auxiliares independentes dos príncipes regionais, chamados mandarins.
Durante essa dinastia foi aberta a Rota da Seda, que facilitou o intercâmbio como o Ocidente. O Império Chinês abriu-se, assim, para influências externas.
Por volta do século I d.C., o Budismo, originário da Índia, passou a ter influência na sociedade chinesa. Uma crise agrária levou ao fim a dinastia Han.
A princípio, existia na China uma religião que concebia o mundo em três partes: o Senhor, no alto, auxiliados por antigos soberanos mortos; os vivos, na terra; e os mortos, cujos vultos continuavam a habitar a terra.
No século V a.C., um filósofo de nome Confúcio elaborou uma linha de pensamento que procurava compreender a sociedade de acordo com a natureza. Assim, a filosofia de Confúcio acabou por influenciar a política. Segundo o confucionismo, a natureza humana não é má; na verdade, é um dom do céu que foi pervertido pelo uso indevido do poder. Para harmonizar a sociedade, o soberano deve, portanto, ter um papel moral.
Após o século V a.C., surgiu com Lao-tsé Zhuangzi o Taoísmo, uma escola filosófica e ao mesmo tempo religiosa. Segundo Lao-tsé, o tão é um princípio cósmico que dá origem ao Universo.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A CIVILIZAÇÃO INDIANA.

A CIVILIZAÇÃO INDIANA.

Em tempos remotos – entre 3000 e 2000 a.C. –, a Índia era dominada pelos Marajás, príncipes que exerciam o seu poder sobre as populações da região.
Por volta de 2500 a.C. um povo indo-europeu – os arianos – invadiu a Índia vindo do noroeste. Esse povo trouxe novas técnicas, tais como a produção do bronze e do ferro. Desenvolveu também a criação de cavalos. Do encontro entre a cultura ariana e a antiga cultura dravidiana nasceu à cultura hindu (indiana).
A invasão dos arianos foi seguida de grandes guerras entre as diferentes tribos desse povo. A epopéia Mahabharata, livro sobre a mitologia da Índia, relata essas guerras.
O período de maior brilho na Índia Antiga aconteceu durante o governo dos imperadores da dinastia Gupta. Nos séculos IV d.C. e V d.C. a Índia era o maior Império Asiático. A economia baseava na agricultura nas margens do rio Ganges. A Era Gupta conheceu um grande florescimento intelectual.
Através de um longo processo de mudanças a sociedade dividiu-se em castas. O chamado sistema de castas consiste na existência de uma hierarquia social muito rígida, que determina o que será a vida de um homem desde o seu nascimento. Na concepção indiana, o homem logo cedo fica sabendo onde pode morar, quem pode desposar o trabalho que exercerá, e até mesmo como deverá se vestir e o que deverá comer.
No século VI a.C. a região ocidental da Índia foi conquistada pelos persas. No século IV a.C. Alexandre Magno, rei da Macedônia conquistou Gândara, no atual Paquistão, mas depois de uma sublevação teve que se retirar da cidade.
Quem realmente fundou o primeiro Império Indiano foi o imperador Asoka, no século III a.C. que criou um império unificado e organizado.
Para entendemos o passado e o presente da Civilização Indiana, temos que conhecer um pouco a História de suas Religiões. Veremos as duas mais importantes, o Hinduísmo e o Budismo.
A religião Hinduísta pregava que o indivíduo deveria se conformar em pertencer à casta inferior (era seu destino, seu carma). Assim, quando morresse, sua alma renasceria (reencarnaria) no corpo de um bebê de casta mais elevada. Outra religião que surgiu na Índia foi o Budismo. Os budistas acreditam que uma pessoa só alcança a paz suprema quando suprime completamente seus desejos.
Os indianos tinham uma escrita alfabética e até mesmo livros de gramática. No campo das ciências fizeram várias descobertas notáveis. Por exemplo, os algarismos que nós utilizamos (1,2,3 etc.) foram inventados por eles. Ensinaram aos árabes, que mais tarde os transmitiram aos europeus.
A literatura indiana era brilhante, mas estava escrita no idioma sânscrito, que não era compreendido pela maioria do povo. Só uma elite podia ler os livros.

sábado, 10 de outubro de 2009

Dia do Professor

O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".