terça-feira, 26 de abril de 2011

A ARTE DO RENASCIMENTO


Durante a Idade Média, vigoram na arte o estilo romanesco e gótico, de caráter essencialmente religioso. A arte – sobretudo pintura, escultura e arquitetura -, patrocinada pela igreja, a maior concentradora de terras e riquezas, visava transmitir ao homem as idéias de fé do teocentrismo (concepção que tem Deus – do grego, Théos – como centro de todas as coisas), impregnada de um misticismo obscuro e fanático, que afasta o ser humano de seus interesses terrenos.
Com Giotto, que viveu entre os séculos XIII e XIV, começa a verdadeira revolução pictórica renascentista, apresentando em suas obras motivos naturais e figuras humanizadas. Por volta desta mesma época, durante a primeira fase do renascimento, Dante Alighieri, contemporâneo de Giotto, escreveu a divina comédia, consagrado o idioma florentino, ou a língua italiana, praticamente como ela é conhecida hoje e pondo fim à hegemonia do latim, língua do clero, como veículo de transmissão de conhecimento. É importante lembrar que a valorização do idioma de uma região será passo importante para no surgimento posterior de Estados nacionais, libertos do domínio feudal.
Além de Dante, Francesco Petrarca, que viveu no século XIV, também escreveu poesia, valorizando uma temática comprometida com existência humana, o amor de um homem por uma mulher, assim como apresentado os valores essencialmente humanos das antigas Grécia e Roma. Destas obras, como as muitas outras, originou-se o antropocentrismo (do grego ánthropos), que situa o homem como centro das preocupações e apõe a fé á razão.
Destacou-se, também no século XIV, Giovanni Boccaccio, mestre de irreverência que também, se expressa no vinculo italiano em sua obra máxima, o Decameron, onde faz critica á corrupção e à ganância do clero.
O século seguinte, que compreende a segunda fase do Renascimento, o século XV, ou Quatrocentos, foi marcado por um maior desenvolvimento das artes em geral e do comercio. O século XV viveu as grandes navegações. Com elas, os italianos perderiam o controle do mar Mediterrâneo. Portugueses e espanhóis, num ímpeto comercial extraordinário, conquistam as rotas atlânticas para a Índia e para o Novo Mundo.