terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A REVOLUÇÃO CULTURA

A REVOLUÇÃO CULTURA

Um dos acontecimentos que mais chamou a atenção do mundo sobre a China foi a Revolução Cultural, ocorrido entre 1966 e 1975.
Sob a liderança de Mao Tsc-tung e alguns auxiliares, entre os quais sua mulher, Chiang-Ching, durante a revolução cultural, a China viveu um período em que o mais importante de tudo era a crença do cidadão nas idéias de Mao, sistematizadas no “livro vermelho”, complicação de pensamentos e idéias do líder.
Surgiu com grande força nesse período a Guarda Vermelha – organização semi-militar composta por jovens que saiam às ruas uniformizados e gritando palavras de ordem, extraídas em sua maioria do “livro vermelho” de Mao.
Esse período teve altos e baixos, fatos positivos e negativos, mas o que predominou foi um enorme fanatismo. Por exemplo, os estudantes em geral, principalmente os universitários, e os professores foram obrigados a trabalhar no mínimo dois anos na agricultura, para depois voltarem às aulas.
Os músicos que tocavam clássicos ocidentais – Bach, Beethoven, Mozart – eram ridicularizados publicamente, obrigados a só tocarem musica chinesa revolucionaria: caso contrário, seriam presos e espancados.
Algumas obras artísticas e alguns espaços culturais – livros, templos religiosos, bibliotecas, teatro cinemas – foram destruídos ou utilizados para servirem de palco aos freqüentes e intermináveis debates políticos.
Mas nem tudo foi fanatismo na Revolução Cultural. Ela trouxe também experiências inovadoras e originais. A polícia, por exemplo, foi extinta. No lugar dela, os próprios moradores se revezaram (uma vez por mês por pessoa adulta), no exercício da função policial, sem ganhar nada para isso. Essa tentativa de envolver a comunidade na atividade policial tinha por objetivo evitar o surgimento de abusos e de corrupção tão comuns nesse meio.
Também foi criado o médico camponês ou médico descalço –, um trabalhador rural comum que, mediante um período de preparo, podia atender aos problemas de saúde mais comuns da população: os casos mais difíceis eram encaminhados aos médicos dos grandes centros urbanos. [...]
Um pouco antes de morrer, entre 1974 a 1975, Mao reconheceu os excessos da Revolução Cultural e proclamou no seu fim, iniciando inclusive a política de reabertura da China, que seria incrementada após a sua morte ocorrida em 1976.