segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Islamismo, Cristianismo e Realidade Social

Islamismo, Cristianismo e Realidade Social.

No final do século XX, o Islamismo constituirá a maior comunidade religiosa do mundo. Nesta década de 1990 o Islamismo está passando o Catolicismo em números absolutos.
A maioria dos muçulmanos se concentra nos países do Terceiro Mundo. Além do Oriente Médio eles são muito numerosos na África, que ajudaram a formar historicamente, na União Soviética (30 milhões), na China (10 milhões), na Insulíndia (80 milhões). Mesmo na Europa há atualmente o número nada desprezível e 25 milhões de muçulmanos, pela primeira vez na Historia. Diz-se ironicamente que a maior religião atualmente praticada em Bruxelas e o Maometanismo. O Paquistão, Afeganistão, Irã, Turquia, Líbano, Síria, Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, Tunísia, Argélia, Marrocos, Mauritânia, Iêmen são nações emergentes de força pelo pulso.
O crescimento demográfico no mundo árabe é maior do que na America Latina: 50 por mil. As famílias têm em media 6,7 filhos, o que dá a esses países um aspecto jovem e dinâmico. A população duplica numa geração em muitos desses países, ou seja, na média de 2,5 a 3% por ano. O número de pessoas cresce mais rápido que os bens disponíveis, o que coloca esses países no Terceiro Mundo, embora acima do limite da fome e da miséria. Consomem-se menos de 2.600 calorias por dia. O rendimento nacional por habitante, em dólares, oscila entre 36 (Líbia) e 247 (Líbano). São, por conseguinte países pobres, que encontram o Islamismo uma linguagem comum e uma identidade fortalecida.
O Islamismo sempre falou a linguagem dos pobres e sempre se comunicou bem com eles. O Cristianismo pelo contrário, aparece sempre mais como uma religião de raiz européia, de ideologia “branca” e colonialista, a religião dos vencedores. A forte irradiação do Islã no campo político e social lhe da um aspecto de “terceira via” entre o capitalismo e o socialismo.