quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Marcas da Colonização.

Marcas da Colonização.

A maior parte dos problemas que a África enfrenta tem suas raízes nas centenas de anos de colonização e na forma como novo país conquistou sua independência, nos anos de 1950 e 1960.
Grã—Bretanha, França e, em menor escala, Portugal, Espanha, Itália, Bélgica e Alemanha se apossaram dos territórios africanos entre o século XVI e o início do século XX. Após a Segunda Guerra Mundial, com franceses e britânicos – os dois grandes “patrões” da África – transformados em potências de segundo time, a independência africana passou a ser incentivada pelos dois novos comandantes, os Estados Unidos e a ex-União Soviética.
Deixando de lado algumas exceções, surgiram então dois tipos de governo: os nacionalistas, produto de lutas (às vezes armadas) contra os antigos colonizadores, e os ocidentalistas, nos quais os novos governos conservaram sólidos laços com as antigas metrópoles coloniais. Nacionalistas como Zâmbia e Tanzânia receberam o reforço das antigas colônias portuguesas, que aderiram ao socialismo pró-soviético após a independência, de 1974 a 1975. Nos dois tipos de novos países, predominaram os regimes de partido único, diante da ausência de tradições democráticas no continente.
No plano da economia, os regimes africanos optaram por caminhos diferentes. Os nacionalistas defendiam o predomínio econômico do Estado, com as consequentes restrições às empresas multinacionais e ao (pequeno) capital nacional. Os governos nacionalistas em geral tinham o apoio – econômico e político – da União Soviética, que lhes fornecia máquinas, petróleo ou armas a preços baixos. O outro time, o dos ocidentalistas, vestiu a camisa da continuidade do relacionamento (e da dependência econômica) com o Primeiro Mundo.
Volte lá ao mapa da África... Já voltou? Então note que as fronteiras de alguns países são retinhas, como se tivessem sido traçadas com réguas, em um escritório com ar condicionado. E foram mesmo. Os processos de independência na África conduziram a complicadas negociações entre os antigos colonizadores e os novos governos, que por vezes tinham que aceitar barganhas envolvendo seus territórios. Em outros cantos, grupos locais promoviam a independência de uma região em aliança com uma ou outra potência, “serrando” o território de um país. Dessa forma, tribos e mesmo famílias terminaram divididas por linhas imaginárias. Uma divisão que, aliás, não é nova. Desde o século XVI as potências colonialistas botavam em práticas o ditado latino “divide e vencerás”, jogando uma tribo contra outra para melhor exercer seu domínio. Isso deixou marcas e rancores profundos nas sociedades africanas, até hoje, na forma de frequentes guerras sangrentas.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Islamismo, Cristianismo e Realidade Social

Islamismo, Cristianismo e Realidade Social.

No final do século XX, o Islamismo constituirá a maior comunidade religiosa do mundo. Nesta década de 1990 o Islamismo está passando o Catolicismo em números absolutos.
A maioria dos muçulmanos se concentra nos países do Terceiro Mundo. Além do Oriente Médio eles são muito numerosos na África, que ajudaram a formar historicamente, na União Soviética (30 milhões), na China (10 milhões), na Insulíndia (80 milhões). Mesmo na Europa há atualmente o número nada desprezível e 25 milhões de muçulmanos, pela primeira vez na Historia. Diz-se ironicamente que a maior religião atualmente praticada em Bruxelas e o Maometanismo. O Paquistão, Afeganistão, Irã, Turquia, Líbano, Síria, Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, Tunísia, Argélia, Marrocos, Mauritânia, Iêmen são nações emergentes de força pelo pulso.
O crescimento demográfico no mundo árabe é maior do que na America Latina: 50 por mil. As famílias têm em media 6,7 filhos, o que dá a esses países um aspecto jovem e dinâmico. A população duplica numa geração em muitos desses países, ou seja, na média de 2,5 a 3% por ano. O número de pessoas cresce mais rápido que os bens disponíveis, o que coloca esses países no Terceiro Mundo, embora acima do limite da fome e da miséria. Consomem-se menos de 2.600 calorias por dia. O rendimento nacional por habitante, em dólares, oscila entre 36 (Líbia) e 247 (Líbano). São, por conseguinte países pobres, que encontram o Islamismo uma linguagem comum e uma identidade fortalecida.
O Islamismo sempre falou a linguagem dos pobres e sempre se comunicou bem com eles. O Cristianismo pelo contrário, aparece sempre mais como uma religião de raiz européia, de ideologia “branca” e colonialista, a religião dos vencedores. A forte irradiação do Islã no campo político e social lhe da um aspecto de “terceira via” entre o capitalismo e o socialismo.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Che Guevara

Che Guevara.

Guevara nasceu em Rosário, Argentina, filho de um arquiteto que o obrigava a lições de tiros e banhos gelados todas as manhãs. Ele herdou desses anos excelente pontaria e asma incurável, além do hábito de leitura. Aos 19 anos, mudou-se para Buenos Aires para estudar medicina. Desse período até sua formatura, viajou pela América Latina. Segundo testemunho que deu mais tarde a estudantes cubanos, suas viagens o puseram em contato com a miséria e a fome, experiências que o fez concluir “que havia uma coisa quase tão importante quanto ser um pesquisador famoso ou fazer uma descoberta substancial para a ciência médica, e esta coisa era ajudar aquela gente”.
No México, em 1955, conheceu os irmãos cubanos Raúl e Fidel Castro, que haviam tentado depor o governo de seu país dois anos antes. Os três se uniram a outros 79 cubanos exilados no México e foram para Cuba dispostos a derrubar a ditadura de Fulgêncio Batista, cujo Exército já os esperava na praia.
Dos 82 homens, só doze sobreviveram, entre eles Guevara e os irmãos Castro. Todos fugiram para os montes de Sierra Maestra, onde “Che” (apelido que recebeu por causa de seu sotaque argentino) expôs seus planos de combate, mais tarde reunidos no livro Guerra de guerrilhas. Deste foco originaram-se outros que deflagraram dois anos de luta contra as forças do governo, até a entrada dos revolucionários em Havana, em 1º de janeiro de 1959. Guevara tornou-se ministro da Indústria do Governo Fidel, quando estabeleceu contatos com a União Soviética e, acredita-se, convenceu o presidente a alinhar-se com os países comunistas.
Em 1965, “Che” partiu de Cuba para “a continuação da tarefa revolucionária”, primeiro no Congo Belga (hoje Zaire) e depois na Bolívia. Quando o governo boliviano anunciou sua morte em 1967, seguiu-se uma polêmica sobre suas circunstâncias e dúvidas sobre se o comandante guerrilheiro morto pelo Exercito da Bolívia era mesmo “Che”. Hoje sabe-se que ele foi executado numa sala de aula de La Higuera.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Religiosidade do Brasileiro.

A Religiosidade do Brasileiro.

A maioria do povo brasileiro é oficialmente católica. Mas, na hora do aperto, cada um apela para qualquer tábua de salvação: curas prometidas por templos pentecostais, revelações em centros espíritas, despachos em terreiros de macumba ou consulta à mãe-de-santo na umbanda. Por isso, diz-se que o brasileiro não tem propriamente religião e sim religiosidade.
De fato, muitos brasileiros possuem uma religiosidade sincretista: uma mistura de diferentes influências religiosas, predominando a mescla entre o Cristianismo de estilo europeu e as tradições religiosas africanas trazidas pelos escravos e preservadas pela população negra no país.
Soma-se a isso a superstição ou crendice tão comum em nossa gente: não passar debaixo de escada, evitar o mau-olhado, jogar um gole da bebida para o Santo, proteger-se de acidentes com as fitas coloridas do Senhor do Bonfim, etc. É falsa a idéia de que tais superstições estariam ligadas ao baixo nível cultural de nossa população. Nos Estados Unidos, os elevadores não marcam 13º andar... Porém, é verdade que a miséria serve de caldo de cultura para a expansão de igrejas, seitas ou templos que prometem curas a quem não pode pagar médico e remédios; alívio espiritual a quem vive sob angústia em situações conflitivas geradas pela falta de recursos (como excesso de moradores num pequeno cômodo de favela); glórias celestiais a quem trabalha oprimido, por um salário de fome.
Nos últimos anos, cresce no Brasil a influência de correntes religiosas orientais, bem como o interesse pela astrologia. No fundo, as pessoas buscam um pouco de paz em situações difíceis e, frente à insegurança social, aspiram prever caminhos do futuro.
A Igreja reconhece que outras religiões são também caminhos para o encontro com Deus e o amor ao próximo. Há evidentes sinais evangélicos em expressões religiosas não-católicas. Porém, dentro do respeito à liberdade de consciência da cada ser humano, a Igreja alerta para o risco das “curas milagrosas”, aconselhando que se lute por melhores condições de assistência à saúde na sociedade brasileira. (...)
É preciso também distinguir religião e magia. Na religião, os fiéis se submetem à vontade de Deus, convictos de que o Pai sempre deseja o bem e a felicidade de seus filhos. Na magia, os fiéis participam de rituais ou encomendam despachos, acreditando que assim podem obter a submissão da divindade à vontade deles. Ora, Deus não se submete aos nossos caprichos e nem devemos tomar seu Santo nome em vão. (...)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A Comunidade de Estados Independentes (CEI).

A Comunidade de Estados Independentes (CEI).
O texto a seguir faz um comentário
sobre a formação da CEI – Comunidade
de Estados Independentes.

A CEI (Comunidade de Estados Independentes) pode ser considerada, em parte, como a herança da União Soviética. Mas apenas em parte. Em primeiro lugar, porque ela não é um país ou um Estado-nação e sim uma organização econômica e política inspirada na União Européia. Em segundo lugar, porque três das ex-repúblicas da União Soviética (Lituânia, Estônia e Letônia) não aderiram a essa comunidade.
A União Soviética, um dos dois países mais importantes no século XX junto com os Estados Unidos, desapareceu no final de 1991, com a desagregação desse imenso Estado em quinze países independentes: Rússia, Armênia, Azerbaijão, Bielo-Rússia, Cazaquistão, Estônia, Geórgia, Letônia, Lituânia, Moldávia, Quirguízia, Tajiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Usbequistão.
Todavia, a União Soviética existiu durante quase setenta anos (de 1922 até 1991) e representou durante várias décadas um novo tipo de economia e de sociedade, diferente do capitalismo. Apesar de já extinta, essa antiga superpotência deixou traços ou marcas que permanecem até hoje, razão pela qual deve ser muitas vezes mencionada.
Os novos países oriundos da dissolução da União Soviética – com exceção das três nações bálticas (Lituânia, Letônia e Estônia) – ainda não conhecem uma real autonomia, com caminhos próprios e independentes. Eles ainda lutam para superar a herança dessa antiga superpotência, para eliminar as características deixadas pelas inúmeras décadas de união e de planificação da economia.
O governo da Rússia, o maior, o mais populoso e industrializado país da CEI, sempre desejou recriar por outro meio a União Soviética, que na realidade era uma espécie de império russo, de domínio dos russos sobre outras nacionalidades. Assim sendo a Rússia defendia um sistema de defesa único e uma só moeda para a CEI, o rublo russo. Mas outros países, principalmente a Ucrânia (o segundo em população e produção econômica), viam com desconfiança essa aspiração da Rússia e desejavam maior autonomia, desejavam ter moeda própria e até mesmo forças armadas nacionais.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Guerra da Independência.

A Guerra da Independência.
Em várias províncias, principalmente na Bahia e no Pará, forças portuguesas
resistiram contra a Independência do Brasil, e houve muitas lutas.
Veja no texto abaixo como foram essas lutas e quais os seus resultados.

Em algumas partes do país forças portuguesas tentaram resistir à Independência e só foram vencidas após duras lutas. Os maiores focos de resistência do poder português estavam instalados na Bahia e no Pará. Contra eles desencadeou-se um combate de forças populares locais, que, mais tarde, foram ajudadas por tropas e navios vindos do Rio de Janeiro.
Os baianos, liderados por figuras como a guerrilheira Maria Quitéria, mantiveram encurraladas as tropas do general Madeira de Melo, definitivamente vencidas com a chegada de forças auxiliares comandadas pelo francês Labatut. A guerra de Independência na Bahia começou em fevereiro de 1822, atingiu o auge em novembro daquele ano com a Batalha de Pirajá e terminou no dia 2 de julho de 1823. Com a derrota dos portugueses, estabeleceu-se na província um governo fiel ao imperador, sem qualquer participação das classes populares.
No Pará, ocorreu um processo semelhante, que terminou em tragédia. As classes populares derrotaram o domínio português com a ajuda de forças navais, mandadas pelo Rio de janeiro e comandadas pelo inglês Grenfell. Implantado o novo governo provincial, fiel a dom Pedro, mas extremamente impopular, os paraenses novamente se rebelaram, sendo duramente reprimidos. Grenfell encarcerou trezentos patriotas no porão de um navio e mandou atirar sobre eles, através das escotilhas, grande quantidade de cal virgem. Quase todos morreram.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

A língua brasileira de sinais (LIBRAS) é a língua de sinais usada pela maioria dos surdos dos centros urbanos brasileiros e reconhecida pela Lei. É derivada tanto de uma língua de sinais autóctone quanto da língua gestual francesa; por isso, é semelhante a outras línguas de sinais da Europa e da América. A LIBRAS não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte, como comprova o fato de que em Portugual usa-se uma língua de sinais diferente, a língua gestual portuguesa (LGP).
Assim como as diversas línguas naturais e humanas existentes, ela é composta por níveis lingüísticos como: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Da mesma forma que nas línguas orais-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem ítens lexicais, que recebem o nome de sinais. A diferença é sua modalidade de articulação, a saber visual-espacial, ou cinésico-visual, para outros. Assim sendo, para se comunicar em Libras, não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as frases, estabelecendo comunicação. Os sinais surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação — locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos, os quais, juntos compõem as unidades básicas dessa Língua. Assim, a Libras se apresenta como um sistema linguístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Como qualquer língua, também existem diferenças regionais, portanto deve-se ter atenção às variações praticadas em cada unidade da Federação.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Aprendizagem de idiomas por trabalhadores adultos nas mãos de professores criativos




Falta de tempo e motivação para o aprendizado de uma língua estrangeira ainda são fortes obstáculos para adultos inseridos no mercado de trabalho. O meio social também interfere no rendimento do educando, nas aulas e no processo de apropriação do idioma. Atualmente, é cada vez maior a procura por cursos de idiomas e a inserção de adultos em sala de aula, ao mesmo tempo em que é grande o índice de desistência e evasão. Por quê? Com o objetivo de compreender o papel do professor no ensino e no aprendizado de uma segunda língua por um trabalhador adulto, um estudo com 13 alunos do curso de inglês de uma das principais unidades de ensino profissionalizante da Prefeitura do Recife, especializada em cursos de línguas estrangeiras e informática, o Centro de Educação Profissional Cristiano Donato.
Por ser a língua universal e por ser pré-requisito no mercado de trabalho, o Inglês é o idioma mais procurado. E o interesse pelo estudo surgiu a partir da observação de que muitos adultos ingressavam nesses cursos de inglês e rapidamente abandonavam as aulas por não atingirem suas expectativas pessoais, no decorrer das aulas. A pesquisa constatou que 62% dos alunos procuram o curso de inglês por exigência do mercado de trabalho e também por vontade de estudar, já que é o idioma que dá acesso aos conhecimentos tecnológicos, à comunicação intelectual, ao mundo dos negócios.
Baseando-se em Paulo Freire e em autores ligados às metodologias de ensino, a pesquisa defende que ensinar não é transferir conhecimento, mas sim criar possibilidades para a produção ou construção deste conhecimento. "O educador precisa refletir sobre sua prática de ensino e saber como adequar diversas características para enriquecer o ensino", afirma Rebeca. Um trabalhador geralmente tem muitas atividades a desenvolver, por ter uma carga de trabalho grande, em muitas vezes, com horários irregulares e, consequentemente, falta de tempo para estudo. "Para garantir a aprendizagem satisfatória, é necessário um professor preparado para lidar com as dificuldades e necessidades específicas de cada aluno", completa.
Na pesquisa, um total de 33% dos alunos disseram que um bom professor procura respeitar as dificuldades de cada um. Os resultados apontam para a necessidade de um profissional de ensino, que valorize as vivências dos alunos, que não seja detentor do conhecimento e que se atualize continuamente, em virtude das novas exigências educacionais. De acordo com a professora Maria Cavalcante da Silva, os indivíduos possuem inteligências múltiplas. Para alguns estudantes, a melhor forma de aprendizado se dá pela leitura; para outros, pela audição, pelas imagens, etc. Diante disso, em uma turma com esses diferentes tipos de inteligência, o professor deve aplicar um plano de aula em que as diferentes habilidades estejam representadas. "Por outro lado, para um aprendizado eficiente, o contato com a língua não pode se limitar à sala de aula. Os alunos devem também aprofundar os estudos e o nível de desenvolvimento real, ou seja, aquilo que podem fazer sozinhos em uma situação determinada, sem ajuda de ninguém", afirma a professora-orientadora do trabalho, Maria Cavalcante da Silva, da Fafire.
Se a falta de tempo desses trabalhadores adultos dificulta, a despeito da vontade e da necessidade de aprender uma segunda língua, eles podem encontrar saídas com a utilização de dicionários (23% consultam o dicionário), dicionários e CDs (15% fazem uso) ou conversando com outras pessoas em inglês (7% praticam conversação). Sabendo do seu papel como ser atuante no processo de aprendizagem, o professor pode aprender a ensinar e, assim, ensinar a aprender, resultando em uma melhor prática em sala e tornando mais fácil o aprendizado da língua. "Primeiro, o professor deve resgatar o conhecimento de mundo, as reais necessidades, experiências e vivências dos alunos e depois introduz o assunto", conclui Rebeca.

domingo, 4 de abril de 2010

Ajedrez

Ajedrez

Jugadores: 2

Preparación: 1 min.

Duración: En forma amistosa: 4–60 min. Torneos: desde 5 minutos hasta 7 horas.

Complejidad:Aprender las reglas tiene una dificultad media. Jugar a un nivel de competición alto requiere cientos de horas de estudio.

Estrategia:Muy alta.

Azar: Sin incidencia directa.

Habilidades:Táctica, estrategia.

El ajedrez es un deporte para dos jugadores, y uno de los juegos de mesa más populares del mundo. Se podría decir que es un juego de guerra, perteneciente a la misma familia que el xiàngqí (ajedrez chino) y el shōgi (ajedrez japonés). Se cree que todos ellos provienen del chaturanga, que se practicaba en la India en el siglo VI.Se le considera no sólo un juego, sino un arte, una ciencia y un deporte mental. En España el Senado recomendó su enseñanza obligatoria en los colegios, reconociéndolo como ciencia y deporte, el 5 de octubre de 1994. A su vez, está reconocido como disciplina deportiva en 156 países, por reunir los requisitos propios de los deportes: accesible a todos, carácter divertido de juego, principio de rendimiento, regido por reglas, fórmula de competición, presencia internacional y organización plenamente deportiva (federaciones, árbitros, resultados, rankings), sin que la suerte influya en la prueba y sin depender esencialmente de ningún artilugio mecánico. La enseñanza del ajedrez puede ser útil como forma de desarrollar el intelecto. El ajedrez es jugado tanto recreativa como competitivamente en un club de ajedrez, disputando torneos, en Internet, entre y contra máquinas mediante el ajedrez por computadora, e incluso por correo (ajedrez por correspondencia).
Por ajedrez se conoce también al conjunto de piezas o trebejos de este juego.
A las personas que juegan al ajedrez se las denomina ajedrecistas.

segunda-feira, 22 de março de 2010

QUARESMA.

QUARESMA.

Quaresma, palavra que vem do latim quadragésima, é o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa.
A quaresma tem seu inicio na quarta-feira de cinzas e seu término ocorre na quinta-feira santa, na celebração da última ceia de Jesus Cristo com os doze apóstolos.
O tempo da quaresma é de quarenta dias, porém em dias corridos somam quarenta e sete pois, de acordo com o cristianismo, o domingo, que já é dedicado como o dia do Senhor, durante a quaresma não é contado. Após esse período, se inicia o Tríduo Pascal, que termina no Domingo de Páscoa. Quaresma remete, ainda, ao periodo de 40 dias que Jesus passou no deserto em oração.
A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica, a Igreja Anglicana e algumas protestantes marcam para preparar os fiéis para a grande festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração. Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus.
A Igreja Católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na Quarta-feira de Cinzas, três grandes linhas de acção: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma consequência da penitência.

terça-feira, 16 de março de 2010

O ISLAMISMO.

O ISLAMISMO.

A Religião fundada por Maomé afirma que o homem deve se submeter totalmente à vontade divina. Por isso, foi batizada de Islamismo, palavra derivada de islam, que quer dizer submissão a Deus.
Já o seguidor do Islamismo é chamado de islamita, maometano (de Maomé) ou ainda muçulmano (do árabe muslim: aquele que aceitou a vontade de Deus).
O Islamismo prega a idéia de que Deus é um só e que sua natureza é divina. Por isso, os muçulmanos condenam a reprodução da figura humana.
O princípio fundamental do Islamismo é a crença em Alá, o único Deus, e em seu profeta, Maomé.
Algumas práticas religiosas do Islamismo são:

- Orar cinco vezes ao dia com o rosto voltado para Meca;
- Jejuar durante o Ramadã (mês de jejum). O fiel não deve ingerir nem alimento nem água durante o dia;
- Dar esmolas proporcionais aos bens que possui;
- Ir aos lugares sagrados de Meca, pelo menos uma vez na vida;
- Participar da Guerra Santa, a fim de propagar o Islamismo por meio de conquistas;
- O Muçulmano deve descansar às sextas-feiras e é proibido de comer carne de porco e de tomar bebidas alcoólicas.

O conjunto de princípios e crenças da Religião Islâmica foram copiados por Abu Bekr, discípulo e sucessor de Maomé, e estão reunidos num livro chamado Alcorão, o livro sagrado dos Muçulmanos.
Outra fonte de ensinamento religiosos do Islamismo é a Suna, um livro complementar ao Alcorão, que reúne fatos da vida de Maomé, seus comentários e ensinamentos.
De acordo com o Alcorão, somente os descendentes de Maomé podem chefiar os muçulmanos. Já o Suna não contém essa afirmação.
Essa e outras divergências entre os muçulmanos deram origem a duas seitas: a dos Xiitas, que seguem apenas o Alcorão, e a dos Sunitas, adeptos do Suna.
A rivalidade entre essas seitas tem gerado sangrentos conflitos nos Países Muçulmanos da atualidade.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O BUDISMO.

O BUDISMO.

O Budismo se originou dos ensinamentos do príncipe indiano Siddarta Gautama, o Buda. O fundador do Budismo nasceu em 566 a.C. em um clã de nobres guerreiros. A doutrina desenvolveu-se em diversas direções da Índia e depois atingiu a China e o Japão.
Buda quer dizer Iluminado em sânscrito, antiga língua da Índia. Segundo a religião budista, uma profecia aconselhou seu pai a educá-lo num “paraíso”, ou seja, num palácio suntuoso, ao abrigo do mundo. Insatisfeito com a riqueza e a mediocridade de seu ambiente, Buda fugiu do palácio. Disfarçou-se de pobre e decidiu, então, levar uma existência nômade, de asceta silencioso. Fez isso para poder encontrar o caminho que o libertasse do ciclo de nascimento e morte. Depois de vários dias de meditação, imóvel sob uma árvore, o príncipe Siddarta Gautama recebeu “a iluminação”, tornando-se, assim, um Buda. A partir daí, começou a pregar sua mensagem.
A doutrina de Buda centra-se na idéia de que toda a vida é sofrimento resultante de desejos insatisfeitos. A única solução para conseguir a felicidade é a eliminação do desejo.
O Budismo prega a tolerância, a não-violência e a compaixão. A pessoa pode avançar no “Caminho da Libertação” respeitando algumas regras. Estas, entre outras, são: não matar, não roubar, não mentir, abster-se da luxúria e do álcool.
Mas a felicidade completa, chamada de Nirvana, só é alcançada depois que a pessoa eliminar todo e qualquer desejo egoísta.
Atualmente o Budismo quase não é praticado na Índia, seu berço. Mas ele tem aproximadamente 380 milhões de adeptos em todo o mundo.
Em cada região, o Budismo adaptou aos costumes locais e tomou formas muito variadas. O Budismo praticado no Tibete, por exemplo, apresenta características particulares. O Dalai-lama é o chefe espiritual dessa ramificação do Budismo.
No Japão, o Budismo misturou-se com a antiga escola de meditação chinesa Chan (Zen, em japonês), dando origem ao Zen-Budismo.
O Zen-Budismo prega a meditação profunda, a respiração correta e o domínio da mente sobre o corpo. Dessa corrente surgiu o Zen Macrobiótico. A macrobiótica é uma forma de alimentação cujos princípios são: utilizar alimentos naturais (o arroz integral, sobretudo), abandonar medicamentos e harmonizar-se com as leis da natureza.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O HINDUÍSMO

O HINDUÍSMO.

O Hinduísmo é hoje a religião praticada pela maioria dos indianos, habitantes da Índia. É a mais antiga doutrina viva do mundo. Deriva do Vedismo e integra numerosas seitas diferentes.
Os adeptos do Hinduísmo, os hindus ou hinduístas, acreditam numa quantidade variada de divindades. Cada cidade, cada família tem seus próprios Deuses.
O ensinamento Hinduísta, desde 1500 a.C., está registrado nos quatro livros dos Vedas. Eles contêm as verdades eternas reveladas pelos Deuses. Como o Deus único não pode ser reconhecido, há em torno de 330 milhões de formas diferentes para representar as divindades. O Hinduísmo também é chamado de Bramanismo, pois o Ser Supremo é Brama.
Cada hindu é livre para se dirigir ao Deus que preferir. Pelos menos três desses Deuses são muito conhecidos: Brama, o criador; Vishnu, o conservador do universo; Xiva, o destruidor e recriador da vida. Portanto, cada Deus representa um aspecto do universo.
O cotidiano do cidadão hindu está impregnado de sentimento religioso. Antes de deitar-se queima incenso sobre o pequeno altar de seu quarto, oferece alimentos ou flores aos Deuses, purificar-se e repete os textos sagrados.
O Hinduísmo prega que todo ser vivo tem uma alma imortal. Embora a criatura morra, sua alma renasce constantemente em diferentes tipos de corpos. Os mortos não são enterrados, mas cremados (queimados). Os renascimentos, ou reencarnações, só terminam quando a alma alcança a perfeição. Esse nível de evolução é atingido pelo brâmane, sacerdote que executa os ritos dos Vedas.
O sistema de castas, que vincula a pessoa à camada social em que nasceu, constitui também uma característica fundamental do Hinduísmo. Toda e qualquer pessoa pertence à classe social que merece. O homem recebe o que plantou, de acordo com sua conduta na existência anterior. Por exemplo: uma pessoa pertenceu a uma classe social inferior numa determinada vida. Sua esperança de alcançar uma situação socialmente melhor não se encontra nessa vida, mas na próxima. Para isso, terá que reencanar mais uma vez.
Existem, atualmente, 800 milhões de pessoas que seguem o Hinduísmo.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O JUDAÍSMO.

O JUDAÍSMO.

Enquanto a maioria dos povos da Antiguidade continuou acreditando na existência de vários deuses, os judeus desenvolveram a crença em um único Deus (Monoteísmo).
É importante notar, entretanto, que a passagem para o monoteísmo foi um processo lento e gradual. Em tempos remotos, os judeus cultuavam espíritos que eles diziam residir em montanhas, fontes e pedras especiais.
A partir do século XII a.C., os judeus foram deixando de cultuar esses Deuses e adotaram a Monolatria, ou seja, o culto a um único Deus, embora acreditassem na existência de vários outros.
Do século VIII a.C. em diante os judeus desenvolveram o Monoteísmo Ético, isto é, a crença na existência de um só Deus, que exige de seus seguidores uma elevada conduta moral.
O monoteísmo ético só se consolidou e se propagou graças às pregações de talentosos Profetas como Amós, Oséias e Isaías. Tais profetas viveram num tempo em que os reis abusavam de seus poderes, a riqueza se concentrava nas mãos de poucos e a corrupção se alastrava por toda a Palestina.
Além de clamarem por justiça, os profetas afirmavam sua fé em um único Deus (criador de todo o Universo) e valorizavam o amor ao próximo, a prática da caridade, da bondade e da humildade.
Em suas profecias, reafirmavam também a crença na vinda de um Salvador que, segundo eles, iria libertar os hebreus. Daí dizer-se que o Judaísmo é Salvacionista. Para os cristãos, o salvador é Jesus Cristo. Os Judeus, porém, ainda esperam a vinda do Messias.
A essência do Judaísmo encontra-se no Pentateuco, que são os cinco primeiros livros da Bíblia. As três principais festas do Judaísmo são:

Páscoa – que relembra a saída dos judeus do Egito;
Pentecostes – que celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés;
Tarbernáculos – que recorda a longa caminhada dos judeus através do deserto.

É preciso dizer ainda que o Judaísmo influenciou profundamente o Cristianismo, que desde a sua origem também se mostrou preocupado com a construção de uma sociedade mais justa.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O QUE É ISSO, COMPANHEIRO?

O QUE É ISSO, COMPANHEIRO?


O Que é Isso, Companheiro? é um livro escrito pelo jornalista, escritor e político Fernando Gabeira, em 1979, após seu retorno ao Brasil do exílio, e que conta sua experiência na luta armada contra a ditadura militar brasileira nos anos 1960, o sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, sua prisão e posterior exílio na Europa durante os anos 1970.
Narrado na primeira pessoa, o livro foi grande sucesso de vendas na época de seu lançamento, com mais de 250 mil unidades vendidas em 40 edições até hoje, e foi transformado em filme, em 1997, pelo cineasta Bruno Barreto.
O Que É Isso, Companheiro? é um filme brasileiro de 1997, do gênero drama, dirigido por Bruno Barreto.
O roteiro do filme foi parcialmente baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, escrito em 1979. Lançado nos Estados Unidos da América com o título de Four Days in September, concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro daquele ano.
O enredo conta, com diversas licenças ficcionais, a história verídica do sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969, por integrantes dos grupos guerrilheiros de esquerda MR-8 e Ação Libertadora Nacional, que lutavam contra a ditadura militar do país na época.
Alguns nomes dos personagens ligados à guerrilha foram trocados em relação a seus nomes verdadeiros no livro e na vida real.

sábado, 30 de janeiro de 2010

ZUZU ANGEL.

ZUZU ANGEL.

Zuleika Angel Jones, conhecida como Zuzu Angel, (Curvelo, 5 de junho de 1923Rio de Janeiro, 14 de abril de 1976) foi uma estilista brasileira, mãe do militante político Stuart Angel Jones e da jornalista Hildegard Angel.
Mudou-se quando criança para Belo Horizonte, tendo em seguida morado na Bahia. A cultura e cores desse estado influenciaram significativamente o estilo das suas criações. Pioneira na moda brasileira, fez sucesso com seu estilo em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos.
Em 1947 foi morar no Rio de Janeiro e nos anos 50 iniciou seu trabalho como costureira, quando fazia roupas principalmente para alguns familiares próximos. No princípio dos anos 70 abriu uma loja em Ipanema, quando começou a realizar desfiles de moda nos EUA. Nestes desfiles sempre abordou a alegria e riqueza de cores da cultura brasileira, fazendo sucesso no universo da moda daquela época.
Nos anos 70, seu filho Stuart, ativista comunista, foi preso e morto nas dependências do DOI-CODI. O corpo de Stuart nunca foi encontrado.
A partir daí, Zuzu entraria em uma guerra contra o regime pela recuperação do corpo de seu filho, envolvendo até os Estados Unidos, país de seu ex-marido e pai de Stuart. Essa luta só terminou com sua morte, ocorrida na madrugada de 14 de abril de 1976, num acidente de carro na Estrada da Gávea, à saída do Túnel Dois Irmãos (RJ), em circunstâncias então mal esclarecidas.
O caso de Zuzu foi tratado pela Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, no processo de número 237/96, o governo brasileiro assumindo, em 1998, a participação do Estado em sua morte.
Em homenagem à estilista, o cantor e compositor Chico Buarque compôs, sobre melodia de Miltinho (MPB4), a música Angélica.
Zuzu Angel é um filme brasileiro de 2006, do gênero drama biográfico, dirigido por Sérgio Rezende.
A produção é de Joaquim Vaz de Carvalho, a produção executiva de Heloísa Rezende, a trilha sonora de Cristóvão Bastos, a direção de fotografia de Pedro Farkas, a direção de produção de Laís Chamma e Mílton Pimenta, a direção de arte de Marcos Flaksman, o figurino de Kika Lopes e a edição de Marcelo Moraes.
Conta a história da estilista Zuzu Angel que teve seu filho torturado e assassinado pela ditadura militar. Ela também foi morta em um acidente de carro forjado pelos militantes do exército ditatorial em 1976.

Lamarca.

Lamarca.


Carlos Lamarca (Rio de Janeiro, 23 de outubro de 1937Pintada, 17 de setembro de 1971) foi um militar brasilleiro, que desertou do exército durante a ditadura militar e se tornou um guerrilheiro comunista.
Como guerrilheiro, integrante da Vanguarda Popular Revolucionária, foi, juntamente com Carlos Marighella, um dos principais opositores armados à ditadura militar de direita no país, visando à implantação de um regime socialista no Brasil. Devido a isto, foi condenado por "traição e deserção" pelo Exército Brasileiro. É o unico homem na História do Brasil a receber status de traidor da nação.
Trinta e seis anos após a morte de Lamarca, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça sob supervisão do Ministro da Justiça Tarso Genro dedicou sua sessão inaugural a promovê-lo a coronel do Exército e a reconhecer a condição de perseguidos políticos de sua viúva e filhos. A decisão foi criticada na imprensa, sendo apelidada de "bolsa terrorismo".
Lamarca é um filme brasileiro de 1994, dirigido por Sérgio Rezende e baseado em livro de José Emiliano e Miranda Oldack, de título Lamarca, o capitão da guerrilha, uma biografia do militar e guerrilheiro Carlos Lamarca. A trilha sonora é de David Tygel.
A história começa em dezembro de 1970, quando o ex-capitão do exército brasileiro e grande atirador Carlos Lamarca e seu grupo rebelde auto-denominado "revolucionários" negociam com o Regime Militar, que chamam de "Ditadura", a soltura de presos políticos em troca da vida do sequestrado embaixador da Suíça, mantido por eles em cativeiro. Trinta presos são soltos e a "repressão" aumenta a perseguição aos guerrilheiros, comandadas por um general do Exército e o delegado civil Flores (referência ao delegado da vida real Fleury), que se apresenta como o matador de Marighella e outros "subversivos" e não hesita em torturar seus prisioneiros para obter informações. Os dirigentes do grupo de Lamarca querem que ele saia do Brasil, mas ele não aceita. Lamarca vai então para a Bahia, acompanhado da amante e também militante Clara, para se encontrar com os aliados da guerrilha Zequinha e seus irmãos. Eles o escondem em um sítio no interior do estado. Enquanto espera para se encontrar com os demais guerrilheiros para organizarem um levante rural, Lamarca lembra de momentos do seu passado, da experiência marcante de quando serviu como soldado da ONU no Canal de Suez que o fez se revoltar contra os "capitalistas", da sua mulher e filhos que enviara para Cuba e do campo de treinamento de guerrilheiros que criara no Vale do Paraíba em São Paulo.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Cinema.

→ Cinema.


O cinema é a técnica de projetar fotogramas (quadros) de forma rápida e sucessiva para criar a impressão de movimento, bem como a arte de se produzir obras estéticas, narrativas ou não, com esta técnica. Compreende, portanto, uma técnica, uma forma de comunicação, uma indústria e uma arte.
Estabelecer marcos históricos é sempre perigoso e arbitrário, particularmente, no campo das artes. Inúmeros fatores concorrem para o estabelecimento de determinada técnica, seu emprego, práticas associadas e impacto numa ordem cultural. Aqui serão apresentados alguns, no intuito de melhor conhecer esta complexa manifestação estética a qual muitos chamam de a 7ª Arte. De facto, a data de 28 de Dezembro de 1895, é especial no que refere ao cinema, e sua história. Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os Irmãos Lumière fizeram uma apresentação pública dos produtos de seu invento ao qual chamaram Cinematógrafo. O evento causou comoção nos 30 e poucos presentes, a notícia se alastrou e, em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria o mundo e faria nascer uma indústria multibilionária. O filme exibido foi L'Arrivée d'un Train à La Ciotat.
A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu em julho de 1896, no Rio de Janeiro, poucos meses após o invento dos Irmãos Lumière. Um ano depois já existia no Rio uma sala fixa de cinema, o "Salão de Novidades Paris", de Paschoal Segreto. Os primeiros filmes brasileiros foram rodados entre 1897-1898. Uma "Vista da baia da Guanabara" teria sido filmado pelo cinegrafista italiano Alfonso Segreto em 19 de Junho de 1898, ao chegar da Europa a bordo do navio Brèsil - mas este filme, se realmente existiu, nunca chegou a ser exibido. Ainda assim, 19 de Junho é considerado o Dia do Cinema Brasileiro.
No seu livro Cinema e História, Marc Ferro faz uma leitura cinematográfica da história e uma leitura histórica do cinema, demonstrando as relações nem sempre pacíficas entre o cinema e a história.
Marc Ferro analisa o cinema como agente da história: os documentários, assim como as obras ficcionais, são nessa interpretação construções do discurso; manipulando-se a informação obtém-se um precioso instrumento de propaganda. Importante contribuição teórico-metodológica na utilização do cinema como fonte para a pesquisa histórica.