segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A CIVILIZAÇÃO HEBRAICA.

A CIVILIZAÇÃO HEBRAICA.

A História política dos hebreus começou na cidade de Ur, localizada no sul da Mesopotâmia, onde nasceu Abraão, o primeiro Patriarca (chefes de família) hebraico.
Por volta de 1800 a.C., Abraão deixou Ur e, liderando os hebreus, levou-os para o norte da mesopotâmia. Dali, guiados por Jacó, um dos seus netos, seguiram para os Canaã (a terra Prometida), mais tarde chamada Palestina.
Em 1750 a.C., emigraram para o Egito, fugindo a uma grande seca. Oprimidos pelos faraós, em 1250 a.C. voltaram para a Palestina (Êxodo), sob o comando de Moisés.
Para retomar a Palestina tiveram de lutar contra os cananeus e filisteus. A luta foi liderada pelos Juízes – chefes militares, políticos e religiosos. Destacaram-se Josué, Sansão, Gedeão e Samuel. A era dos juízes durou até aproximadamente 1030 a.C., quando foi criada a Monarquia.
O primeiro rei foi Saul, sucedido por Davi foi o verdadeiro organizador do estado hebraico. Sob sua chefia os exércitos conquistaram toda a Palestina, e Jerusalém foi aclamada capital do reino. Ao morrer, Davi foi substituído por seu Filho, Salomão.
Para compensar os problemas econômicos decorrentes da construção de palácios, de fortificações e do Templo de Jerusalém (que abrigava a Arca da Aliança, que continha as Tábuas da Lei, onde estavam gravados os Dez Mandamentos), e para sustentar sua luxuosa corte, suas setecentas esposas e trezentas concubinas, Salomão aumentou os impostos e instituiu o trabalho obrigatório.
A população pobre, principalmente a camponesa, era obrigada a trabalhar na construção das obras públicas. Além disso, milhares de hebreus foram forçados a trabalhar nas florestas e minas da cidade de Tiro, na Fenícia, cujo governo era o principal credor de Salomão. A política opressora e anti-social de Salomão gerou grande descontentamento popular. Com sua morte, em 935 a.C., explodiu uma revolta social que provocou o Cisma, isto é, a separação das doze tribos hebraicas.
As dez tribos do norte formaram o Reino de Israel e as duas do sul formaram o Reino de Judá. No século VIII a.C., o Reino de Israel foi conquistado e destruído pelos assírios. O Reino de Judá foi conquistado pelos babilônicos, chefiados pos Nabucodonosor, o qual levou os judeus presos para a Babilônia. O Cativeiro da Babilônia durou até 539 a.C., quando os persas conquistaram o Império Babilônico. Depois do domínio persa, a Palestina foi conquistada pelos macedônios e romanos.
Em 70 a.C., revoltaram-se contra os romanos e foram expulsos da Palestina. Jerusalém e o templo foram destruídos. Teve início a Diáspora. Os judeus só voltaram à Palestina em 1948, quando foi criado o Estado de Israel.
A economia baseava-se no pastoreio (ovelhas e cabras), depois no cultivo de cereais, vinhas e oliveiras. Mais tarde, dedicaram-se ao comércio e às finanças. A sociedade hebraica na época da monarquia, tinha no topo, a família real, proprietários de terras, sacerdotes burocratas e comerciantes; e na base, os camponeses, os pastores e os escravos.
Os hebreus desenvolveram o Monoteísmo ético aos poucos, passando antes pelo animismo e pela monolatria. Essa evolução deve-se em boa parte a obras de profetas como Amós, Oséias e Isaías. A essência do Judaísmo, religião salvacionista encontra-se no Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia). Essa religião influenciou profundamente o Cristianismo.
A principal herança dos hebreus, além da religião, foi no campo da literatura. Os melhores textos estão no Antigo Testamento, com destaque para os Salmos, o Livro de Jô, o Livro dos provérbios e o Cântico dos Cânticos.

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