domingo, 6 de setembro de 2009

A CIVILIZAÇÃO PERSA.

A CIVILIZAÇÃO PERSA.

O planalto do Irã, região montanhosa e desértica situada a leste do Crescente fértil, entre a Mesopotâmia e a Índia, foi povoado pelos medos e pelos persas.
A princípio, os persas eram dominados pelos medos. Essa situação se inverteria por volta de 550 a.C. Nessa época, sob o comando de Ciro, os persas dominaram os medos e passaram a controlar a região.
Os persas conquistaram ainda outros povos que viviam nas proximidades do planalto do Irã, impondo a todos a mesma administração. Eles construíram um vasto império. Seu território compreendia a Ásia menor, a Mesopotâmia e uma parte da Ásia Central.
Além de Ciro, outros governantes contribuíram para a formação do Império Persa. Cambises, conquistou o Egito em 525 a.C.; Dario I dominou a Ásia até o vale do rio Indo e também uma pequena parte da Europa, onde se localizavam algumas colônias gregas.
Dario e depois seu sucessor, Xerxes, tentaram conquistar ainda a região da atual Grécia, mas fracassaram. Em 330 a.C., o Império persa foi conquistado por Alexandre Magno, da Macedônia.
Os povos dominados pelos persas podiam conservar seus costumes, suas leis, sua religião e sua língua. Eram obrigados, porém, a pagar tributos e a servir no exército persa.
Dario procurou organizar o império dividindo-o em províncias e nomeando pessoas de sua confiança para governá-las, que eram conhecidos como sátrapas.
Nota-se daí, que o poder político estava concentrado nas mãos do imperador, associado a uma rica elite de burocratas e sacerdotes, sobreposta à massa de camponeses e escravos.
Para facilitar a comunicação entre as províncias, foram construídas diversas estradas, entre elas a Estrada Real. Com mais de 2 mil km de extensão, essa estrada ligava as cidades de Susa e Sardes. Por ela passavam os correios reais, o exercito e as caravanas de mercadores.
Dario I promoveu, também, a intensificação do comércio persa, através do estabelecimento de uma moeda nacional, o dárico.
Na arte, os persas receberam grande influência dos egípcios e dos povos mesopotâmicos. Fizeram construções em plataformas e terraços, nas quais utilizaram esmaltados em cores vivas.
No plano religioso, distinguiram-se por uma religião que ainda hoje é praticada em algumas partes do mundo: o Zoroastrismos. Seu fundador, Zoroastro (daí o nome da religião), viveu entre 628 a.C. e 551 a.C.
De acordo com os princípios básicos do Zoroastrismo, existem duas forças em constante luta: o bem e o mal. O Deus do bem é Ormuz, que não é representado por imagens e tem como símbolo o fogo; o Deus do mal é Arimã, representado por uma serpente.
Segundo o Zoroastrismo, o dever das pessoas é praticar o bem e a Justiça, para que, no dia do Juízo Final, Ormuz seja vitorioso e, assim, o bem prevaleça sobre o mal. Além disso, aos bons estava reservada a vida eterna no paraíso. Os fundamentos dessa religião acham-se apresentados no livro Zend-Avesta, escrito por seu fundador.
Muitos dos valores do Zoroastrismo acabaram sendo adotados por outras religiões. No Cristianismo, por exemplo, encontram-se presentes as idéias de Juízo Final e paraíso e a dicotomia entre bem e mal.

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