sábado, 17 de outubro de 2009

A CIVILIZAÇÃO CHINESA.

A CIVILIZAÇÃO CHINESA.

A presença de hominídeos na região da China é muito antiga. Mas pouco se sabe sobre esse tempo. Informações mais precisas surgiram apenas após o século XVIII a.C.
Nessa época, as comunidades que viviam onde hoje é a China dominavam a fundição do bronze e de ligas metálicas. Essas comunidades, que com o tempo se tornaram principados, estavam organizadas em torno de cidades-palácios, nas quais havia grande divisão social: num extremo, camponeses, que produziam gêneros de subsistência; no outro, que viviam em vilas muradas, os centros militares, comerciais e religiosos.
O rei, considerado Filho do Céu, desempenhava sobretudo a função de chefe religioso e incumbia-se das tarefas administrativas. Aos nobres cabia defender o território contra invasões estrangeiras.
A partir do século VIII a.C., o rei foi se enfraquecendo política e militarmente, enquanto os nobres iam se fortalecendo à medida que se tornavam mais independentes. Entre os séculos V a.C. e III a.C. surgiram inúmeros conflitos entre os principados.
Em 221 a.C., Qin Shi Huangdi conseguiu um feito inédito: unificou os principados, fundando o Primeiro Império. Adotou então o título Augusto Imperador de Qin.
Durante seu governo (221 a.C. – 210 a.C.), Qin impôs medidas comuns a todos os principados. A China expandiu suas fronteiras, ultrapassando os limites do vale do rio Amarelo (Huang-ho). O Império Chinês passou a abranger desde a Manchúria até o norte do atual Vietnã.
Qin comandou a construção da Grande Muralha. Parte dela existe ainda hoje. Além disso, implantou um sistema único de escrita e um sistema de pesos e medidas, mandou construir estradas e canais e drenar zonas pantanosas, e ordenou a exploração de florestas.
O Imperador iniciou também uma dura política de repressão contra os opositores. Em 213 a.C., mandou queimar livros e condenou à morte muitos intelectuais. A rígida política imposta por Qin provocou revoltas populares e, após sua morte (210 a.C.), o Primeiro Império desagregou-se rapidamente.
A dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C.) procurou dar continuidade à política de Qin e manter sua estrutura administrativa. Para defender-se dos invasores, prolongou a Grande Muralha. Em termos administrativos, recrutou para trabalhar auxiliares independentes dos príncipes regionais, chamados mandarins.
Durante essa dinastia foi aberta a Rota da Seda, que facilitou o intercâmbio como o Ocidente. O Império Chinês abriu-se, assim, para influências externas.
Por volta do século I d.C., o Budismo, originário da Índia, passou a ter influência na sociedade chinesa. Uma crise agrária levou ao fim a dinastia Han.
A princípio, existia na China uma religião que concebia o mundo em três partes: o Senhor, no alto, auxiliados por antigos soberanos mortos; os vivos, na terra; e os mortos, cujos vultos continuavam a habitar a terra.
No século V a.C., um filósofo de nome Confúcio elaborou uma linha de pensamento que procurava compreender a sociedade de acordo com a natureza. Assim, a filosofia de Confúcio acabou por influenciar a política. Segundo o confucionismo, a natureza humana não é má; na verdade, é um dom do céu que foi pervertido pelo uso indevido do poder. Para harmonizar a sociedade, o soberano deve, portanto, ter um papel moral.
Após o século V a.C., surgiu com Lao-tsé Zhuangzi o Taoísmo, uma escola filosófica e ao mesmo tempo religiosa. Segundo Lao-tsé, o tão é um princípio cósmico que dá origem ao Universo.

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