segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A CIVILIZAÇÃO CRETENSE.

A CIVILIZAÇÃO CRETENSE.

Creta é uma ilha do Mar Mediterrâneo, localizada ao sul da Grécia continental. Sua posição geográfica privilegiada possibilitou aos seus habitantes manter estreitas relações comerciais e culturais com vários povos, notadamente egípcios, babilônicos e fenícios. Creta, hoje, é território grego.
Apesar de desconhecermos grande parte da história de Creta, devido à carência de fontes históricas, podemos afirmar que essa civilização começou a se desenvolver na ilha a partir do terceiro milênio antes de Cristo e que seu apogeu se deu entre os séculos XX e XV a.C.
Até o século XX a.C., a população vivia em pequenas cidades independentes espalhadas pela ilha. Com o desenvolvimento comercial, algumas cidades como Faístos e Cnossos tornaram-se prósperas e importantes, sendo construídos grandes e luxuosos palácios.
No final do século XVIII a.C., todos os palácios foram incendiados, provavelmente por invasores estrangeiros. A partir da restauração de Creta e da reconstrução dos palácios deu-se a absoluta supremacia de Cnossos, que dominou a ilha e impôs às outras cidades uma monarquia centralizada, governada por um rei conhecido como Minos.
No século XIV a.C., a civilização cretense conheceu nova catástrofe. A ilha foi invadida pelos aques, povo que já dominava grande parte da Grécia. Durante a invasão, os palácios e as ricas residências mais uma vez foram incendiados. Sob o domínio dos aques a civilização cretense perdeu seu esplendor. Séculos depois a ilha foi incorporada à civilização grega.
A civilização cretense foi mais um exemplo de sociedade antiga que se desenvolveu com o comércio marítimo. Antes mesmo dos fenícios, os cretenses dominaram o comércio no Mar Mediterrâneo. A este domínio dá-se o nome de Talassocracia, que significa “governo do mar”.
Os marinheiros, principalmente de Cnossos, cruzavam os mares levando para portos estrangeiros cereais, vinho, azeite, tecidos, jóias, cerâmicas e produtos metalúrgicos.
As poucas fontes históricas existentes sobre Creta não nos permitem uma visão mais profunda da sua sociedade. No entanto, sabemos que o nível de vida da população pobre de outras civilizações antigas.
Os ricos proprietários e comerciantes viviam em luxuosas e confortáveis residências de dois ou três andares. As casas populares nas grandes cidades não eram luxuosas, mas eram construídas com solidez e conforto.
Alfabetizados, em sua grande maioria, os cretenses eram grandes apreciadores de festas, danças e esportes, especialmente as touradas, que eles praticavam sem sacrificar o touro, considerado animal sagrado.
As mulheres também praticavam esportes. Muitas desempenhavam papel de destaque na sociedade, em igualdade de condições com os homens.
Os cretenses deslumbraram o mundo com sua arte. Seus pintores retratavam a vida cotidiana, procurando sempre reproduzir os movimentos, com traços singelos e vivo colorido, onde se destacavam o vermelho, o azul, o amarelo, o preto e o branco.
Também desenvolveram com maestria a arte da cerâmica e da escultura. A arquitetura sofreu influências estrangeiras. As escavações de algumas ruínas, como as do palácio de Cnossos, nos revelam uma arquitetura muito evoluída.
A religião cretense baseava-se principalmente no culto à Deusa-Mãe, símbolo da fertilidade e considerada a geradora dos homens, das plantas e dos animais. Adoravam certas plantas e animais como o touro e o minotauro, animal mitológico com corpo de homem e cabeça de touro. Os habitantes de Creta costumavam enterrar os seus mortos, uma vez que acreditavam na existência de vida após a morte.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A CIVILIZAÇÃO FENÍCIA.

A CIVILIZAÇÃO FENÍCIA.

A Fenícia era uma estreita faixa de terra localizada entre o Mar Mediterrâneo e as montanhas do Líbano. Seu território correspondia ao atual Líbano e a parte da Síria.
Atualmente o Líbano limita-se a oeste com o Mar Mediterrâneo, ao norte e a leste com a Síria e ao sul com Israel.
Em toda a história da Fenícia predominaram as Cidades-Estados, originadas de aldeias de pescadores. Cada cidade era um verdadeiro Estado independente, com seu Deus principal, suas leis e administração próprias. As principais cidades foram Biblos, Sídon e Tiro.
A forma de governo – monarquia ou república – variava de uma cidade para outra, mas em geral elas eram governadas pelos Sufetas.
Os Sufetas eram juízes, membros de um Conselho de Anciãos formado principalmente por ricos comerciantes e donos de navios, que, juntamente com os sacerdotes e os aristocratas, constituíam as classes sociais dominantes e privilegiadas, que se apropriavam de parte do excedente produzido pelos camponeses.
As classes dominadas eram compostas por camponeses, artesãos, pescadores, marinheiros e escravos que, durante alguns dias do ano, eram obrigados a prestar serviços gratuitos para o governo.
Depois de uma fase de apogeu, entre os séculos XII e VIII a.C., a Fenícia foi conquistada pelos assírios e babilônios, e no século IV a.C. pelos exércitos macedônicos comandados pelo imperador Alexandre Magno.
No decorrer de vários séculos a região foi conquistada por romanos, árabes, cruzados, turcos otomanos e outros. Depois da Primeira Guerra Mundial (1914-1818), foi ocupada militarmente por tropas francesas e inglesas.
Em 1920 foi criado, sob tutela da França, o Estado do Grande Líbano. Contudo o governo francês continuou com mandado sobre esse Estado até a década de 1940. Finalmente, pressionada por uma revolução popular nacionalista libanesa, a França foi forçada a reconhecer a independência definitiva do Líbano em 1945, embora tropas francesas permaneceram no país até 1947.
Hoje o Líbano é palco de uma sangrenta guerra civil por disputas político-religiosas entre grupos rivais. O conflito interno se agravou a partir das intervenções militares estrangeiras, notadamente da Síria e de Israel.
Antigos pescadores acostumados ao mar, os fenícios desenvolveram e tiveram no comércio marítimo sua principal atividade econômica. Suas rotas comerciais marítimas se estenderam por todo o Mar Mediterrâneo e parte de Atlântico.
Os fenícios exportavam vinho, azeite, madeira, jóias, tecidos, vidros, armas, e importavam prata, ouro, ferro, estanho, lã, marfim.
Na região do Mediterrâneo fundaram várias colônias, das quais destacamos Cádiz, na Espanha, e Cartago, no norte da África.
Como a maioria dos povos do Oriente Antigo, os fenícios eram politeístas, praticavam a magia e celebravam o culto em homenagem aos mortos.
Cada cidade fenícia tinha Deuses próprios, e entre eles um era o Deus principal. Melcarte era o Deus de Tiro; Echmun, o Deus de Sídon, assim por diante. Havia ainda divindades adoradas por todos os fenícios, como Astartéia, a deusa da fecundidade, que eles identificavam como sendo a Lua.
A realização cultural mais importante dos fenícios foi o Alfabeto composto de 22 consoantes, com as quais escreviam qualquer palavra. O alfabeto fenício serviu de base para a elaboração dos alfabetos latinos, aramaico e russo, e influenciou na formação do alfabeto grego. Os gregos, ao adotarem-no, acrescentaram-lhe as vogais.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Auguste Comte.

Auguste Comte.

Isidore Auguste Marie François Xavier Comte (Montpellier, 19 de janeiro de 1798Paris, 5 de setembro de 1857) foi um filósofo francês, fundador da Sociologia e do Positivismo.
Nascido em Montpellier, no Sul da França, Augusto Comte desde cedo revelou uma grande capacidade intelectual e uma prodigiosa memória. Seu interesse pelas ciências naturais era conjugado pelas questões históricas e sociais e, com 16 anos, em 1814, ingressou na Escola Politécnica de Paris. No período de 1817-1824 foi secretário do conde Henri de Saint-Simon (1760-1825), expoente do socialismo utópico; todavia, como Saint-Simon apropriava-se dos escritos de seus discípulos para si e como dava ênfase apenas à economia na interpretação dos problemas sociais, Comte rompeu com ele, passando a desenvolver autonomamente suas reflexões. São dessa época algumas fórmulas fundamentais: "Tudo é relativo, eis o único princípio absoluto" (1819) e "Todas as concepções humanas passam por três estádios sucessivos - teológico, metafísico e positivo -, com uma velocidade proporcional à velocidade dos fenômenos correspondentes" (1822) (a famosa "lei dos três estados").
Comte trabalhava intensamente na criação de uma filosofia positiva quando, em virtude de problemas conjugais, sofreu um colapso nervoso, em 1826. Recuperado, mergulhou na redação do Curso de filosofia positiva (posteriormente, em 1848, renomeado para Sistema de filosofia positiva), que lhe tomou doze anos. Em 1842, por criticar a corporação universitária francesa, perdeu o emprego de examinador de admissão à Escola Politécnica e começou a ser ajudado por admiradores, como o pensador inglês John Stuart Mill (1806-1873). No mesmo ano, Comte separou-se de Caroline Massin, após 17 anos de casamento. Em 1845, apaixonou-se por Clotilde de Vaux, que morreria no ano seguinte. Entre 1851 e 1854 Comte redigiu o Sistema de política positiva, em que extraiu algumas das principais conseqüências de sua concepção de mundo não-teológica e não-metafisica, propondo uma interpretação pura e plenamente humana para a sociedade e sugerindo soluções para os problemas sociais; no volume final dessa obra, apresentou as instituições principais de sua Religião da Humanidade. Em 1856, publicou o livro Síntese subjetiva, primeiro e único volume de uma série de quatro dedicados a tratar de questões específicas das sociedades humanas: lógica, indústria, pedagogia, psicologia, mas faleceu, possivelmente de câncer, em 5 de setembro de 1857, em Paris. Sua última casa, na rua Monsieur-le-Prince, 10, foi posteriormente adquirido por positivistas e transformado no Museu Casa de Augusto Comte.
Todavia, é importante notar que uma grande confusão terminológica ocorre com a obra de Comte e seu "Positivismo": ele não tem nenhuma ou pouca relação com o chamado Positivismo Jurídico, ou Juspositivismo, de Hans Kelsen; com a "Psicologia positivista", ou "behaviorismo" (ou "comportamentalismo"), de Watson e Skinner; com o Neopositivismo, do Círculo de Viena, de Otto Neurath, Carnap e seus diversos associados, nem com tantos outros "positivismos" de outras áreas do conhecimento.
A Religião da Humanidade
Os anseios de reforma intelectual e social de Comte desenvolveram-se por meio de sua Religião da Humanidade. Para Comte, "religião" e "teologia" não são termos sinônimos: a religião refere-se ao estado de unidade humana (psicológica, espiritual e social), enquanto a teologia refere-se à crença em entidades sobrenaturais. Considerando o caráter histórico e a necessidade de unidade do ser humano, a Religião da Humanidade incorpora nela a teologia e a metafísica - respeitando, reconhecendo e celebrando o papel histórico desempenhado por esses estágios provisórios, absorvendo o que eles têm de positivo (isto é, de real e de útil).
A Religião da Humanidade encontrou em Pierre Laffitte seu principal dirigente na França após a morte de Comte, especialmente na III República francesa. No Brasil, o Positivismo religioso encontrou grande aceitação no século XIX; embora com menor intensidade no século XX, o Positivismo religioso brasileiro teve grande importância: por exemplo, durante a campanha "O petróleo é nosso!", cujo vice-Presidente era o positivista Alfredo de Moraes Filho, e durante o processo de impeachment do ex-Presidente Fernando Collor de Mello, em que o Centro Positivista do Paraná também solicitou, assim como a Ordem dos Advogados do Brasil e Associação Brasileira de Imprensa, o afastamento do Presidente da República.
A Igreja Positivista do Brasil, fundada por Miguel Lemos e Teixeira Mendes em 1881, em cujos quadros estiveram Benjamin Constant Botelho de Magalhães, o Marechal Rondon e o diplomata Paulo Carneiro, continua ativa no Rio de Janeiro.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A CIVILIZAÇÃO HEBRAICA.

A CIVILIZAÇÃO HEBRAICA.

A História política dos hebreus começou na cidade de Ur, localizada no sul da Mesopotâmia, onde nasceu Abraão, o primeiro Patriarca (chefes de família) hebraico.
Por volta de 1800 a.C., Abraão deixou Ur e, liderando os hebreus, levou-os para o norte da mesopotâmia. Dali, guiados por Jacó, um dos seus netos, seguiram para os Canaã (a terra Prometida), mais tarde chamada Palestina.
Em 1750 a.C., emigraram para o Egito, fugindo a uma grande seca. Oprimidos pelos faraós, em 1250 a.C. voltaram para a Palestina (Êxodo), sob o comando de Moisés.
Para retomar a Palestina tiveram de lutar contra os cananeus e filisteus. A luta foi liderada pelos Juízes – chefes militares, políticos e religiosos. Destacaram-se Josué, Sansão, Gedeão e Samuel. A era dos juízes durou até aproximadamente 1030 a.C., quando foi criada a Monarquia.
O primeiro rei foi Saul, sucedido por Davi foi o verdadeiro organizador do estado hebraico. Sob sua chefia os exércitos conquistaram toda a Palestina, e Jerusalém foi aclamada capital do reino. Ao morrer, Davi foi substituído por seu Filho, Salomão.
Para compensar os problemas econômicos decorrentes da construção de palácios, de fortificações e do Templo de Jerusalém (que abrigava a Arca da Aliança, que continha as Tábuas da Lei, onde estavam gravados os Dez Mandamentos), e para sustentar sua luxuosa corte, suas setecentas esposas e trezentas concubinas, Salomão aumentou os impostos e instituiu o trabalho obrigatório.
A população pobre, principalmente a camponesa, era obrigada a trabalhar na construção das obras públicas. Além disso, milhares de hebreus foram forçados a trabalhar nas florestas e minas da cidade de Tiro, na Fenícia, cujo governo era o principal credor de Salomão. A política opressora e anti-social de Salomão gerou grande descontentamento popular. Com sua morte, em 935 a.C., explodiu uma revolta social que provocou o Cisma, isto é, a separação das doze tribos hebraicas.
As dez tribos do norte formaram o Reino de Israel e as duas do sul formaram o Reino de Judá. No século VIII a.C., o Reino de Israel foi conquistado e destruído pelos assírios. O Reino de Judá foi conquistado pelos babilônicos, chefiados pos Nabucodonosor, o qual levou os judeus presos para a Babilônia. O Cativeiro da Babilônia durou até 539 a.C., quando os persas conquistaram o Império Babilônico. Depois do domínio persa, a Palestina foi conquistada pelos macedônios e romanos.
Em 70 a.C., revoltaram-se contra os romanos e foram expulsos da Palestina. Jerusalém e o templo foram destruídos. Teve início a Diáspora. Os judeus só voltaram à Palestina em 1948, quando foi criado o Estado de Israel.
A economia baseava-se no pastoreio (ovelhas e cabras), depois no cultivo de cereais, vinhas e oliveiras. Mais tarde, dedicaram-se ao comércio e às finanças. A sociedade hebraica na época da monarquia, tinha no topo, a família real, proprietários de terras, sacerdotes burocratas e comerciantes; e na base, os camponeses, os pastores e os escravos.
Os hebreus desenvolveram o Monoteísmo ético aos poucos, passando antes pelo animismo e pela monolatria. Essa evolução deve-se em boa parte a obras de profetas como Amós, Oséias e Isaías. A essência do Judaísmo, religião salvacionista encontra-se no Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia). Essa religião influenciou profundamente o Cristianismo.
A principal herança dos hebreus, além da religião, foi no campo da literatura. Os melhores textos estão no Antigo Testamento, com destaque para os Salmos, o Livro de Jô, o Livro dos provérbios e o Cântico dos Cânticos.

domingo, 6 de setembro de 2009

A CIVILIZAÇÃO PERSA.

A CIVILIZAÇÃO PERSA.

O planalto do Irã, região montanhosa e desértica situada a leste do Crescente fértil, entre a Mesopotâmia e a Índia, foi povoado pelos medos e pelos persas.
A princípio, os persas eram dominados pelos medos. Essa situação se inverteria por volta de 550 a.C. Nessa época, sob o comando de Ciro, os persas dominaram os medos e passaram a controlar a região.
Os persas conquistaram ainda outros povos que viviam nas proximidades do planalto do Irã, impondo a todos a mesma administração. Eles construíram um vasto império. Seu território compreendia a Ásia menor, a Mesopotâmia e uma parte da Ásia Central.
Além de Ciro, outros governantes contribuíram para a formação do Império Persa. Cambises, conquistou o Egito em 525 a.C.; Dario I dominou a Ásia até o vale do rio Indo e também uma pequena parte da Europa, onde se localizavam algumas colônias gregas.
Dario e depois seu sucessor, Xerxes, tentaram conquistar ainda a região da atual Grécia, mas fracassaram. Em 330 a.C., o Império persa foi conquistado por Alexandre Magno, da Macedônia.
Os povos dominados pelos persas podiam conservar seus costumes, suas leis, sua religião e sua língua. Eram obrigados, porém, a pagar tributos e a servir no exército persa.
Dario procurou organizar o império dividindo-o em províncias e nomeando pessoas de sua confiança para governá-las, que eram conhecidos como sátrapas.
Nota-se daí, que o poder político estava concentrado nas mãos do imperador, associado a uma rica elite de burocratas e sacerdotes, sobreposta à massa de camponeses e escravos.
Para facilitar a comunicação entre as províncias, foram construídas diversas estradas, entre elas a Estrada Real. Com mais de 2 mil km de extensão, essa estrada ligava as cidades de Susa e Sardes. Por ela passavam os correios reais, o exercito e as caravanas de mercadores.
Dario I promoveu, também, a intensificação do comércio persa, através do estabelecimento de uma moeda nacional, o dárico.
Na arte, os persas receberam grande influência dos egípcios e dos povos mesopotâmicos. Fizeram construções em plataformas e terraços, nas quais utilizaram esmaltados em cores vivas.
No plano religioso, distinguiram-se por uma religião que ainda hoje é praticada em algumas partes do mundo: o Zoroastrismos. Seu fundador, Zoroastro (daí o nome da religião), viveu entre 628 a.C. e 551 a.C.
De acordo com os princípios básicos do Zoroastrismo, existem duas forças em constante luta: o bem e o mal. O Deus do bem é Ormuz, que não é representado por imagens e tem como símbolo o fogo; o Deus do mal é Arimã, representado por uma serpente.
Segundo o Zoroastrismo, o dever das pessoas é praticar o bem e a Justiça, para que, no dia do Juízo Final, Ormuz seja vitorioso e, assim, o bem prevaleça sobre o mal. Além disso, aos bons estava reservada a vida eterna no paraíso. Os fundamentos dessa religião acham-se apresentados no livro Zend-Avesta, escrito por seu fundador.
Muitos dos valores do Zoroastrismo acabaram sendo adotados por outras religiões. No Cristianismo, por exemplo, encontram-se presentes as idéias de Juízo Final e paraíso e a dicotomia entre bem e mal.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A História de São Lourenço da Mata.

São Lourenço da Mata

São Lourenço da Mata é um município brasileiro do estado de Pernambuco.
História
São Lourenço da Mata é uma das cidades mais antigas do Brasil.
Existem registros da presença de índios Tupinambás no local, datados de 1554. Este grupo indígena ocupava vastas extensões de terra ao longo do Rio Capibaribe e Rio Beberibe e ofereceu grande resistência à colonização portuguesa. No ano de 1554 foram derrotados pelos filhos de Duarte Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco. A partir daí foi possível aos portugueses penetrar na mata rica em pau-brasil e estabelecer um entreposto na região. O nome de Lourenço provém do primeiro morador da região. O pau-brasil era conduzido em carros de boi até o Rio Capibaribe e seguia por via fluvial até o Paço do Fidalgo, hoje Santana.
Os primeiros povoadores erigiram uma capela no alto de uma colina em homenagem a São Lourenço, datada de 1621, onde hoje está a Igreja Matriz, que conserva traços da primitiva capela.
A extração de pau-brasil facilitou a ocupação da região e, ao final do século XVI surgiram os primeiros engenhos. Registros indicam sete fábricas em 1630.
A invasão holandesa em Pernambuco chegou a São Lourenço em 1635. Após alguma resistência, a cidade foi evacuada. Foi palco de intensa guerrilha. Após a expulsão dos holandeses, retomou a atividade açucareira.
O distrito foi criado por alvará em 13 de Outubro de 1775, subordinado ao município de Recife e Oau D´Alho. Elevado à categoria de vila com a denominação de São Lourenço da Mata, pela lei provincial nº 1805, de 13 de Junho de 1884. O município foi instalado em 10 de Janeiro de 1890.
O município recebeu o título de capital do Pau-Brasil por causa da reserva ecológica de Tapacurá, remanescente de Mata Atlântica, onde se encontram mais de 100 mil árvores de Pau-Brasil.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 08º00'08" sul e a uma longitude 35º01'06" oeste, estando a uma altitude de 58 metros. Sua população estimada em 2006 era de 93.758 habitantes. Possui uma área de 264,48 km².
Juntamente com Moreno , é uma das cidades menos chuvosas da Região metropolitana do Recife. Em 2008, o total anual de chuva na capital Recife - distante cerca de 20 km dali - foi de 2.452 milímetros, enquanto que em São Lourenço foi de apenas 1.417 mm .
Turismo
O patrimônio histórico de São Lourenço da Mata é bastante rico, com usinas, igrejas e engenhos dos tempos coloniais, como a Igreja Matriz de São Lourenço, as usinas Capibaribe e Tiúma, e vários engenhos de cana-de-açúcar.
Estação Ecológica de Tapacurá
A Estação Ecológica do Tapacurá ocupa uma área de 776 hectares. Sua finalidade é a pesquisa em Botânica, Zoologia e ecologia. Busca desenvolver hábitos de conservação de recursos florestais e da fauna da Mata Atlântica. Para tanto, produz de mudas de espécies frutíferas e florestais típicas da Mata Atlântica,como o pau-brasil, pau-de-jangada e ipê, dando apoio a empresas de reflorestamento e silvicultura. Pertence à Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Copa do mundo de 2014
São Lourenço da Mata conterá um dos estádios para a Copa do Mundo de 2014.