sábado, 27 de junho de 2009

A PRÉ-HISTÓRIA DA AMÉRICA

A PRÉ-HISTÓRIA DA AMÉRICA.

O continente americano foi ocupado pelos primeiros homens paleolítico antes de 50.000 a.C. O mais provável é que tenham chegado à América através do estreito de Bering.
Buscando a sobrevivência e dependentes da natureza, bandos de homens paleolíticos foram empurrados pela glaciação, fenômeno climático de longa duração, representado pela diminuição intensa das temperaturas por vários séculos. Tal fato aumentava as massas de gelo nos continentes enquanto rebaixava o nível do mar em mais de 100 metros, permitindo que em alguns lugares, como no estreito de Bering, houvesse um recuo das águas, aflorando o chão e permitindo a passagem terrestre entre a Ásia e a América.
Não sendo descartada também a hipótese de um caminho marítimo apoiado em ilhas do oceano Pacífico, ligando a Ásia ao nosso continente. Existem diversos vestígios pré-históricos em estudo hoje, especialmente no Piauí, no Brasil, onde se destacam os trabalhos da arqueóloga Niéde Guidon.
Ao que tudo indica, logo depois de 7.000 a.C., em algumas regiões americanas, muitos homens passaram à fase do cultivo de plantas e da domesticação de animais, período comumente chamado de Neolítico.
O aumento populacional decorrente dos progressos alimentares obtidos possibilitou o surgimento de algumas sociedades de enorme grau de sofisticação, a exemplo dos Astecas no México, Maias na América Central e Incas na região do Peru.
Na Mesoamérica surgiram inúmeras civilizações grandiosas, começando pela Olmeca, seguida da primeira cidade da região, Teotihuacán, e da Civilização Maia. Esta última, considerada uma das mais brilhantes do continente, era dividida em várias cidades-estados. Atingiu seu apogeu entre os séculos III e XI da nossa era.
Destacou-se a seguir a civilização Asteca, a mais grandiosa da Mesoamérica, cuja capital, a cidade de Tenochtitlán, tinha uma população superior a qualquer cidade espanhola de sua época.
Na região Andina Central, os primeiros impérios surgiram depois do ano 600, destacando-se o de Tiahuanaco, Huari, Chimu e especialmente o Império Inca.
Foi o Império Inca o mais grandioso da História da América Andina, cujos governantes estenderam seus domínios sobre uma área que ia do Equador até a Argentina. O seu centralismo administrativo liderado pelo Inca, o Imperador, fundava-se na exploração de tribos vizinhas e na obrigação da população camponesa trabalhar e pagar tributos à burocracia governamental.
Aos primeiros homens do Paleolítico que alcançaram o continente, coube o povoamento mais primitivo da América, a aos conquistadores europeus dos séculos XV e XVI, a integração da região ao desenvolvimento histórico europeu.
O encontro entre os povos e as culturas originárias destas duas ondas humanas dirigidas à América, depois de separadas por dezenas de milhares de anos, foi antes de tudo arrasador.
A conquista européia foi acompanhada de destruição de povos, culturas e da exploração e marginalização de grupos étnicos. Seus descendentes – grupos indígenas norte-americanos, mexicanos, brasileiros e andinos – ainda hoje, lutam para defender espaços de sobrevivência em rodo o continente.
Foi da evolução desta fusão demolidora que se forjaram as características peculiares às nossas nações latino-americanas.


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