domingo, 16 de agosto de 2009

O Ensino de História no Brasil

O ENSINO DE HISTÓRIA NO BRASIL

Em 1549 os jesuítas chegam ao Brasil e fundam as primeiras escolas elementares brasileiras. Os textos históricos bíblicos eram usados apenas com o intuito de ensinar a ler e escrever.
A partir de 1837 o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, inclui a disciplina como obrigatória. Nesse ano também é fundado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que defende uma visão nacionalista.
Já no ano de 1870 com a diminuição da influência política da igreja sobre as questões de Estado, os temas que tem como base as idéias bíblicas são abolidos do currículo.
No ano de 1920 as escolas abertas por operários anarquistas tentam implantar a ótica das lutas sociais para entender a história. Mas elas são reprimidas e fechadas durante o governo de Arthur Bernardes, alguns anos depois.
Entretanto em 1934 é criado o primeiro curso superior de História, na USP. A academia nasce com uma visão tradicionalista, reforçando a sucessão de fatos como a linha mestra.
Delgado Carvalho publica no ano de 1957 a obra Introdução Metodológica aos Estudos Sociais, que serve de base para o processo de esvaziamento da História como disciplina autônoma.
Em 1971 a História e a Geografia deixam de existir separadamente. No lugar delas é criada a disciplina de Estudos Sociais (empobrecendo os conteúdos escolares) e, ao mesmo tempo, a licenciatura na área.
Logo em seguida em 1976 o Ministério da Educação determina que, para aulas de Estudos Sociais, os professores precisam ser formados na área, fechando-se assim as portas para os graduados em História.
Já em 1986 a Secretaria de Educação do Município de São Paulo propõe o ensino por eixos temáticos. A proposta não é efetivada, mas vira uma referência na elaboração dos PCNs, anos depois.
No ano de 1997 a abolição de Estudos Sociais dos currículos escolares. História e Geografia voltam a aparecer separadamente. Especialistas começam a pensar novamente sobre as atuais especificidades de cada uma das disciplinas.
Em 1998 Com a publicação dos PCNs, são definidos os objetivos da área. Entre eles está o de formar indivíduos de modo que eles se sintam parte da construção do processo histórico.
Desde 2003 o Conselho Nacional da Educação determinou que a história e a cultura afro-brasileira fossem abordadas em todas as escolas, o que mostra uma iniciativa oficial para desvincular o ensino da visão eurocêntrica.

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